domingo, 13 de março de 2011
Na terra das trufas
Escondidinho numa ruela perto da Église de la Madeleine está o Terres des Truffes, que me chamou a atenção pelo que a casa oferecia - as raras trufas - e o prêço que, comparado ao que é cobrado nos restaurantes brasileiros onde a iguaria é servida, era acessível. Entrei.
O garçon simpático, ao saber que eu era brasileiro, já se desdobrou numa atenção que descobrí depois era sovada pela admiração dele pelo nosso futebol. Um a zero pra mim...O cardápio era muito amplo e optei pela degustação de tres pratos (entrada, principal e dessert) onde a trufa apareceria em todos. Pedí uma taça de champanhe Taittinger para não arriscar nada que fosse alterar o sabor do pedido e a bebida fez bonito: com a chegada de um ovo poché com finas fatias do raro cogumelo curtí a combinação perfeita. Em seguida, um ravioli de pato com trufas maceradas encheu meu paladar de riquezas gustativas que justificam a fama desta obra da natureza e a coloca com justiça entre as experiências gastronômicas radicais. A finalização ficou por conta de um sorvete de chocolate com uma flambada de rum aromatizado com trufas negras de fazer inveja à ambrosia mitológica. Que coisa fantástica. Na verdade as trufas ficam naquela categoria "ou se ama ou se odeia", no meu caso é paixão rara. Terminado tudo saí do salão e ainda ouví um "obrigado" em português do recepcionista fã do Brasil. Não fiz fotos dentro do restaurante pois o ambiente era além deste ato corriqueiro e fiquei constrangido, mas ao sair fiz uma imagem da fachada para registro afetivo. Voilá!
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Eu vou fotografar (mal) tudo o que me der na telha (exceto pessoas),rs... Fico curioso que tipo de recepção um brasileiro portando uma camisa de time - ou da seleção - teria, provavelmente desde confraternização, indiferença, e até mesmo alguns insultos.
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